No início do segunde trimestre, em maio, uma nova rodada de projetos de aprofundamento de estudos foi proposta aos alunos; entre eles, está o aprofundamento sobre mandalas de lã, que visa dar aos alunos livre expressão artística a partir do aprendizado dessa técnica de tecelagem nascida no coração do povo Huichol, no México.
Quem vê de fora, enxerga peças bonitas. Quem participa, entende que cada mandala é um universo estudado e construído com particular profundidade.
Para o emprego da técnica, é preciso dedicar foco e atenção ao trabalho; trata-se de um momento íntimo quando o aprendiz precisa ouvir não só as orientações da professora, mas estar propenso a seguir seu próprio ritmo de trabalho, bem como aprimorar sua coordenação motora e projetar como vai realizar sua tarefa para atingir seu objetivo final. É preciso estar disposto a recomeçar, mas entendendo que refazer não significa ter fracassado, e sim, se permitir tentar novamente.
Em clima de parceria, quem domina a técnica primeiro ajuda a ensinar quem precisa de mais estímulo; quem termina antes passa a desenovelar as lãs para que o material de criação esteja disponível a quem precisar.
Todos têm suas responsabilidades no grupo, responsabilidades essas que podem ser traduzidas como o prazer de garantir ao outro o que está acessível a si mesmo.
Com essa liberdade responsável, cheia de cores e laços, nós desfrutamos as tardes de quarta-feira.